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terça-feira, 30 de novembro de 2010

[Poesia] Poesia sem Nexo

O que é uma poesia sem nexo?

"As poesias sem nexos, são feitas por mais de uma pessoa intercalando versos de cada autor, sem saber o que cada um esta escrevendo, elas são ligadas apenas pela energia de cada um." Assim foi como a idealizadora defini este tipo de poesia. Fui convidado por ela para escrevermos uma poesia sem Nexo e o resultado segue abaixo.

Poesia Sem Nexo

Porque invejastes as borboletas, jovem Pierrot?
Algo que temos sem querer
Seres tão pequenos e insignificantes.
Influenciamos uns aos outros mas não prendemos ninguém
Todavia para você o que significaria a liberdade?
É sua a escolha de ser quem é, e fazer o que faz
Andar pela noite? Beber, dançar, se saciar no corpo daquelas jovens?
A liberdade? Sim, ela esta aqui e aí também só esperando que você a perceba
Estou preso em meio à solidão, coisas mundanas apenas servem para me iludir
Infinitos lados, infinitas formas, infinitos jeitos de fazer, tudo o que quiser
A mascara que uso para viver se tornou tão pesada que não consigo bater asas
Mas toda ação tem sua reação
Invejo um corpo tão frágil e simples mas que mesmo assim, pode ir a lugares tão distantes.
Prendemos-nos ao cotidiano deixando o amor e esquecendo a liberdade
Invejo como aquela simplicidade consegue superar a decadência de um jovem como eu.
A liberdade é assim única e viciante.


By:Jannah Kira e S. Motta

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

[Poesia] Preço de um sorriso

Pra começar a poesia que escrevi para uma amiga poetisa.


Preço de um sorriso

Fãs de alquimia
Essa arte da troca equivalente
Se te desse uma rosa
Você me daria teu sorriso?

Uma rosa negra para sua aura,
Que me confunde mais a cada dia.
Uma branca para sua pureza,
Mesmo na impureza de algumas palavras.
Uma rosa amarela para teus fios de ouro,
Tão perfeitos que te tornariam uma nova Helena.
E vermelha em homenagem as almas que sacrifiquei,
Em busca de uma pedra filosofal,
Pedra tão valiosa quanto suas caricias
Toques tão puros que talvez nem um item de lenda
Poderá comprar.

Mas pensando, não teria capacidade de criar tal item
Não poderia sacrificar tantas vidas,
Só de imaginar quantos amantes tão ardentes como eu sacrificaria
Faz-me ver o quanto não seria capaz
De sacrificar aquele sentimento “neve-fogo” presente neles.

Mas sempre existe outra forma
Temos uma pecinha de cristal vermelho-fogo tão frágil
Que é necessário ser protegida por uma cela de ossos
E um cobertor de carne
E que mesmo com toda essa proteção
Já foi perfurado e ferido por lanças invisíveis
Que talvez a ingenuidade nos torne vulneráveis a elas.
Lanças compostas de matérias instáveis
Formadas por atos, sentimentos e ações.
Armas que se usadas de forma incorreta
Atravessam esse escudo de ossos e carne.

Se te desse essa pequena de peça cristal,
Essa peçinha tão forte quanto uma pedra filosofal,
E que ao invés de se fortalecer com almas
Fortalece-se com lembranças de tua face
Você me daria algo tão simples quanto teu sorriso?



S. Motta